Salles diz que a Floresta Nacional de Brasília será concedida à iniciativa privada junto com Parque Nacional 1b415n

Ministro do Meio Ambiente visitou parque nesta quinta-feira (30). Unidades de conservação são istradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 656730

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em visita ao Parque Nacional de Brasília, nesta quinta-feira (30) — Foto: Pedro Henrique Gomes/ G1

O ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, disse nesta quinta-feira (30) que a Floresta Nacional de Brasília (Flona) será concedida à iniciativa privada junto com o Parque Nacional. Salles explicou que o ministério trabalha para que a concessão seja realizada ainda neste ano.

“A ideia agora é também agregar à concessão do Parque Nacional a Flona, que é contígua, vizinha ao parque, aumentando ainda mais as possibilidades diárias de lazer, de investimentos, de atrativos para essa região, já que é superbonita”, disse o ministro.

Com isso, o Parque Nacional de Brasília e a Flona arão a ser istrados por entidades privadas. Atualmente, as unidades de conservação estão sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Segundo o ministro, a iniciativa privada tem mais agilidade para istrar os parques e mais recursos para investir. Conforme Salles, a pasta trabalha para conceder os parques nacionais pelo período de 15 anos.

Além do Parque Nacional de Brasília, o ministro disse que a pasta trabalha para conceder à iniciativa privada outros parques nacionais do país como os dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão; Jericoacoara, no Ceará; e Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.

“São as unidades que nós entendemos que tem grande potencial de turismo e ‘subutilizadas’, ‘subvisitadas’. A gente entende que essa é uma grande oportunidade para os brasileiros”, afirmou Salles.

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Trilha do Parque Nacional de Brasília — Foto: Acervo ICMBio

O ministro Ricardo Salles anunciou a destinação de R$ 2,5 milhões para obras de reformas na infraestrutura no Parque Nacional de Brasília. No entanto, ainda não existe prazo para a entrega das melhorias na estrutura.

O pregão eletrônico para contratação da empresa que fará o projeto foi realizado nesta quinta (30), pela Caixa Econômica Federal. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a empresa vencedora, que será divulgada até a metade de agosto, deve o contrato no final do próximo mês.

De acordo com o edital, a empresa terá até 2021 para entregar o projeto, o custo é de R$ 360 mil. Só depois disso será iniciada a licitação para a contratação da empresa responsável pelas obras.

Serão realizadas melhorias no centro de visitantes, no mirante do parque e nas guaritas. O projeto prevê também a construção de uma agem suspensa para evitar o atropelamento de animais.

Onça parda e filhote flagrados no Parque Nacional de Brasília, em imagem de arquivo — Foto: Parque Nacional de Brasília/Reprodução

O dinheiro para as obras vêm do Fundo de Compensação Ambiental, istrado pela Caixa Econômica Federal. São recursos vindos da compensação ambiental e usados para criar ou istrar unidades de conservação de proteção integral.

A compensação é prevista na lei que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Os responsáveis por empreendimentos com significativo impacto ambiental, como a construção de grandes fábricas ou hidrelétricas, pagam um percentual do valor do empreendimento.

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Piscina de água corrente do Parque Nacional de Brasília — Foto: ICMBio/Divulgação

Também conhecido como Água Mineral, o Parque Nacional de Brasília tem 42 mil hectares e é uma importante área de preservação da fauna e da flora do cerrado. No local existem espécies em extinção como o lobo-guará, o tatu campestre e o tamanduá-bandeira.

Criado em 1961, a unidade abrange as regiões Sobradinho e Brazlândia, no DF, e o município goiano de Padre Bernardo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 250 mil pessoas visitam o local anualmente.

Além da diversão nas piscinas, o parque protege ecossistemas típicos do Cerrado e abriga as bacias dos córregos formadores da represa Santa Maria. A bacia é responsável pelo fornecimento de 25% da água potável que abastece o Distrito Federal.

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A Floresta Nacional de Brasília (Flona) foi criada em 1999 como uma medida de proteção das nascentes que mantêm a bacia do Descoberto. Ela fica a 22 km do centro da capital, e não há cobrança de entrada para os visitantes.

Loba-guará é solta na Floresta Nacional de Brasília, em imagem de arquivo — Foto: Leo T. Gondim/Flona

A área de visitação fica ao lado da BR 070, próximo à Taguatinga. O espaço tem diversas trilhas: a maior, em formato circular, tem 44 quilômetros de extensão, totalmente sinalizados, e apresenta diferentes níveis de dificuldade.

A Floresta Nacional oferece ainda opções de circuitos menores de 30, 20, 10 e 5 quilômetros, podendo ser utilizadas por pessoas de todas as idades.

Fonte: G1